Por Julia Viegas
Woody Allen está mais comercial do que nunca. Rumores de batucadas insinuam que ele filmará seu próximo sucesso garantido no Rio de Janeiro. O palco, a Sapucaí. Aí sim, será o ápice do cine-pipoca. Meia-noite foi só um flerte.
Uma vez, uma senhora muito perspicaz me falou, com a naturalidade própria dos inteligentes, que via todos – sim, to-dos – os seriados estadunidenses. “Quem foi que disse que temos que pensar o tempo inteiro. Por que se divertir é tão condenado?” Flanando sobre o filme, eu diria, que é exatamente tudo o que dizem dele: faz pensar em como seria viver em outras épocas. Que temos a mania de achar que nos anos anteriores ao nosso nascimento o mundo era melhor blá blá blá.
Os escritores que admiramos são, geralmente, de uma época passada, porque a distância temporal faz termos a visão da gestalt de uma obra e de um autor. A idade passada é sempre melhor do que a atual porque tem um quê romântico. Mais fácil desejar o que nunca se teve. Querer viver o que nunca viveu e nem nunca viverá. Há também aquela coisa mágica de que depois de 00h tudo pode acontecer. E Paris, claro, um luxo.
Em resumo, tem: o dono do Marley (Owen Wilson, que, aliás, está fabuloso), uma loirinha sexy à la Scarlett Johansson, o mistério da meia-noite, a fascinação dos artistas por outros artistas que já se foram e que, felizmente não estão mais na Terra para competir com eles e, a mais luminosa de todas as cidades. Superficial? Não. Na verdade, é um filme extremamente agradável. Agradabilíssimo.
Uma vez, uma senhora muito perspicaz me falou, com a naturalidade própria dos inteligentes, que via todos – sim, to-dos – os seriados estadunidenses. “Quem foi que disse que temos que pensar o tempo inteiro. Por que se divertir é tão condenado?” Flanando sobre o filme, eu diria, que é exatamente tudo o que dizem dele: faz pensar em como seria viver em outras épocas. Que temos a mania de achar que nos anos anteriores ao nosso nascimento o mundo era melhor blá blá blá.
Os escritores que admiramos são, geralmente, de uma época passada, porque a distância temporal faz termos a visão da gestalt de uma obra e de um autor. A idade passada é sempre melhor do que a atual porque tem um quê romântico. Mais fácil desejar o que nunca se teve. Querer viver o que nunca viveu e nem nunca viverá. Há também aquela coisa mágica de que depois de 00h tudo pode acontecer. E Paris, claro, um luxo.
Em resumo, tem: o dono do Marley (Owen Wilson, que, aliás, está fabuloso), uma loirinha sexy à la Scarlett Johansson, o mistério da meia-noite, a fascinação dos artistas por outros artistas que já se foram e que, felizmente não estão mais na Terra para competir com eles e, a mais luminosa de todas as cidades. Superficial? Não. Na verdade, é um filme extremamente agradável. Agradabilíssimo.
É um filme que desperta uma sensação gostosa durante e depois de assistir. Um roteiro leve, por vezes engraçado, por vezes instigante, romântico, mas tudo na medida certa! Voltar a "La belle époque", conhecer "intimamente" os grandes artista da época, escritores e pintores, nos proporciona uma viagem no tempo surpreendente.
ResponderExcluirEu adorei, simples assim!
Concordo! Proporciona mesmo uma sensação gostosa do início ao fim. Precisamos mesmo, como dizem os hispanohablantes "passarlo bien". Isto é, ser feliz, ter bons momentos. Coincidência, acabei de dizer agora mesmo a um amigo no chat que eu não iria a Nova Iorque por esses dias (como ele o fará), pois o Woody Allen está em Paris. Nada de resposta. O meu celular apitou. Era ele se desculpando, a luz da casa dele caiu. Ô Paris, cidade iluminada! Eu respondo, "Tranquilo: o filme é Cozinhando no escuro" (ele estava se despedindo porque ia cozinhar). Moral da história: vou sempre puxar saco do Allen, é o meu destino.
ResponderExcluirhahahahaha. Doida!
ResponderExcluirUma amiga minha, por quem tenho muito respeito por sua inteligência e intelectualidade, comentou comigo que eu não tinha falado sobre os diálogos do filme. Pois é, não falei. Preferi omití-los. Primeiro porque penso que o mínimo que se pode esperar de um filme do Woody Allen são bons diálogos. Então, tentei fugir do óbvio. Segundo,porque eu não achei o aspecto mais importante desse filme. O que me marcou mesmo foi a "flanação", o deixar acontecer que o filme mostrou. O Wilson me pareceu um Woody mais deixando fluir e o foco ficou no imaginário mesmo. Bem, assim foi como eu vi. Não me empolguei em ver várias vezes nem em anotar diálogos como faço com outros filmes, como o Cisne Negro.
ResponderExcluirSuper válido ver sobre outros aspectos. Valeu, Teca!!
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