13 de julho de 2011

I am a Clichê - ecos da estética punk

Do luxo ao lixo: porque eu sou clichê


Por Julia Viegas


Depois da Meia-Noite em Paris fui direto a vernissage da exposição “I am a Clichê: ecos da estética punk”, que está em cartaz no Centro Cultural do Banco do Brasil RJ. Sabe aquela famosa foto do Sid Vicious comendo aquele cachorro-quente? Você verá. A Patti Smith bonita com seus cabelos soltos e usando suspensório. Verá. Suásticas que dão ânsia de vômito, dentro de sanduíches ainda menos apetitosos. Então. Isso tudo é proposital, pois eles queriam chocar. Verão.
Na sala do Andy Warhol é que tive uma agradável surpresa – é, fui a vernissage sem saber absolutamente nada da mostra, num improviso, pintou convite, fui. Não sou punk, nem neopunk, nem clichê. Então, ao invés de ir para casa dormir, fui ao Centro da cidade escura por falta de iluminação pública.  Com Andy e sua Factory vi meus amados do Velvet Underground. E meu ultra-amado Lou Red (aquele, o marido da Laurie Anderson). Mas, espera aí. Velvet Underground, punk? É...
Como um amigo de uns amigos que encontrei do lado de fora da exposição, já entrando num táxi, fugindo de todos e até (ou principalmente) de mim, falou: “Implantaram o Andy Warhol na exposição”.
Vale a pena pensar nos punks e em todos os movimentos que foram, voltaram, sumiram, estão surgindo. Enfim, todos os que estão por aí. E pensar sobre si mesmo. Funda a sua cuca com questionamentos sobre ti. Faça isso antes ou depois da exposição. Porque lá dentro não tem nada que te possa fazer pensar. A não ser: por que eles tinham essa mania horrorosa de usar suásticas se não eram nazistas?

3 comentários:

  1. + 1 vez nossa querida Julia arrasou em seus textos!! Amiga, é um privilégio trabalhar com você! Sou sua fã!!hehehe

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  2. Até admito que o movimento punk tem coisas bem legais e que o Sex Pistols mandou muito pedindo a Deus para salvar a Elizabeth II. Aquela do barco sobre o rio Thames, cantando em frente ao palácio foi muito boa. Uma postura política e muito construtiva. Além disso tem o The Clash e o Ramones com umas músicas interessantes, que nos ajudam a expressar a agrassevidade que todo ser humano tem. Mas suática não dá!

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  3. Para Deca: É o nosso trabalho. Também te admiro muuuito. Declarações de amores via pllural. Até mesmo porque estou muito mais para Paz e Amor que para moicano e, ai, credo, aquele simbolozinho desgraçado.

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