Por Julia Viegas
Um povo que não é ouvido e um rei que não consegue falar. Aqui, as situações se invertem. Quando ganhou o Oscar, revoltei-me. Não pelo tema, mas porque derrubou o meu amado Cisne Negro. Tudo bem, essas coisas acontecem. A história do rei George VI e sua aproximação conosco, simples mortais, tem muito mais apelo que um filme complexo como o Cisne Negro. Aliás, muitas pessoas viram a obra-prima de Darren Aronofsky e não sabem dizer sobre o que se trata. Quanto ao rei, as intenções são claras. Aproximação do herói. Em momento nenhum se colocam questões de Estado. É o homem que não consegue discursar. Palmas para Geoffrey Rush, interpretando Lionel Logue, aquele senhor que vive em um lugar sombrio, onde se tem acesso por um elevador velho e bambo. A descida ao subconsciente para descobrir o cerne da questão, o porquê do problema. Helena Bonham Carter (brilhante em O Clube da Luta) está péssima. Uma pena, grandes atrizes como ela devem escolher melhor seus personagens, pois têm poder para isso.
Geoffrey Rush é Lionel Logue, o orador por trás do rei gago |
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