Por Julia Viegas
Piaf – um hino ao amor é um filme para se ouvir, ver e chorar. A emocionante história da cantora é contada de forma lírica e trágica. Como sua vida. Edith Piaf foi quase uma menina de rua. Seus pais eram artistas mambembes, sem endereço fixo. Depois, foi viver com a avó, passando parte de sua segunda infância em um bordel, sendo criada por prostitutas. Cresceu e sofreu ainda mais. No final da vida, porém, o ápice, "Não, nada de nada. Não! Eu não lamento nada. Nem o bem que me fizeram, nem o mal, isso tudo tanto faz. Está pago, varrido, esquecido. Não me importa o passado!". No filme, a cena que mais me chamou a atenção foi a da adolescente Edith, que trabalhava recolhendo dinheiro enquanto seu pai fazia malabarismos na rua. Começa o coro para que ela fizesse alguma coisa. Ela é empurrada para frente pelo pai. É aí que ela abre a boca e canta magistralmente a Marselhesa, uma das músicas mais bonitas que existe (sim, música, mais que hino). Piaf trouxe aos salões da alta sociedade, a música das ruas, cantando as tumultuadas vidas das mulheres sem dinheiro, dos amantes sem status. Rompeu preconceitos, voou alto. Grande pássaro, Edith, a pequena!
Marion Cottilard é Edith Piaf |
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