Por Julia Viegas
Ele é um personagem, um anti-herói. O interessante é que ele diz coisas que não "podem" ser ditas e que, na realidade, resumem o pensamento contemporâneo. É a não hipocrisia. Também é um personagem que sofre muito e isso fala sobre todos nós. Um médico sem Deus, um homem sem amor próprio que levanta a bandeira do egoísmo porque é isso que vemos ao nosso redor. Gregory House é o homem do século XXI. E tem também a superficialidade encontrada no cidadão mediano estadunidense. Além da genialidade que pertence a qualquer coletivo, seja qual for a época. Dual. É o raso-profundo. O arquétipo do príncipe desencantado. O cordeiro em forma de lobo. Eu adoro Gregy House, sua equipe, seu hospital, seus doentes e principalmente as bobagens sinceras que ele diz.
Destaque para Robert Sean Leonard, o artista trágico de Sociedade dos Poetas Mortos, que no seriado faz um médico com inteligência emocional bem apurada; Lisa Edelstein, como a chefe sensível e sentimental Cuddy, o oposto complementar de House e Olivia Wilde (que escolheu seu sobrenome artístico por causa do escritor), a bela, sensível e problemática doutora 13.
Hugh Laurie é Gregory House |
O politicamente incorreto, dentro dos limites de um seriado para tv, divertido. Necessário.
ResponderExcluirÉ o homem do século XXI, sim. Depressivo, niilista e assertivo, eu acrescentaria. O personagem é perfeito, carismático. Mas é triste.
ResponderExcluirai que texto lindo, amei. :)
ExcluirNatasha Vieira